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Londres – Transporte, hospedagem e compras

Aqui vão algumas informações sobre Londres, que resolvemos concentrar em um único post, de forma a ajudar no planejamento de viagem de quem for pra lá.

Procurem sempre fazer uma pesquisa antecipada acerca de pontos turísticos de maior interesse, horários de abertura, meios de transporte na cidade, promoções, festividades, etc. Pra gente é fundamental em viagens, e nisso a Cláudia é craque.

Travelcard em papel

Transporte: Compramos o 7 days travel card em papel* na Estação St. Pancras. Ele te dá direito a andar de metrô e de ônibus à vontade, por uma semana, nas zonas que você indicar. O passe custou 27, 50 por pessoa e abrangia as zonas 1 e 2, onde estão 90% das atrações turísticas da cidade. Pra quem está indo pela primeira vez, como era nosso caso, valeu demais à pena. Se você quiser saber mais sobre como funciona o metrô de Londres veja este post da Dri onde ela conta todos os detalhes sobre o seu uso.

Pague 2 leve 1

Decidimos comprar o 7 days travel card em papel depois de ler o post do Londres para Principiantes, sobre a promoção 2 for 1. Na promoção 2 for 1, você paga o preço de um ingresso e o outro sai de graça. E funciona mesmo! Não há superfaturamento do valor. E onde conseguir isso? Ao comprar o 7 days travel card em papel você recebe um livreto que no final tem uns cupons destacáveis. É só preencher e apresentar no guichê da atração juntamente com o Travelcard.

Usamos esta promoção em dois lugares: na Torre de Londres, onde pagamos 36 libras na entrada para nós 3 (se fossemos pagar o preço normal pagaríamos £19,80 para mim e para a Cláudia e £17 Filipe – estudante) e no Madame Tussauds onde pagamos £57,60 para nós 3 (o preço individual é  £28,80). Economizamos £48,60.

* Para ter direito a usufruir da promoção tem que comprar, em uma estação de trem, o cartão de PAPEL que vem com o símbolo da rede ferroviária impresso. Não pode ser o Oyster (cartão de plástico e que NÃO vem com o símbolo da rede ferroviária impresso e NÃO te dá o desconto).

Também é imperdível andar nos ônibus de 2 andares de Londres, que é marca registrada da cidade. No site Mapa de Londres tem um mapa com as rotas deles pelos principais pontos da cidade. É só mostrar o passe (7 days) pro motorista para ter o acesso garantido. Com um bom mapa na mão, dá pra curtir a viagem, vendo quais as ruas estão passando, sem perder sua parada. Os ônibus sempre avisam com antecedência suficiente qual será a próxima parada, de forma que dá pra descer do segundo andar numa boa.

Hospedagem: O hotel Meridiana, onde ficamos, foi escolhido porque ficava bem perto da estação St. Pancras, onde íamos pegar o trem para Paris.

O quarto era bem apertado, mas todo carpetado (bem confortável), com ótima calefação e um banheiro na medida certa, bem funcional, com piso emborrachado. Possuía conexão à internet via cabo e funcionava somente na recepção, o que era muito ruim. Já que ficamos no térreo e num quarto colado a outro hotel, “roubávamos” uma conexão de outro hotel, mas normalmente estava muito lenta.

O hotel aceita pagamento, no check out, em libras e euros o que é uma grande vantagem na hora de usar todas as libras que sobraram. Recomendamos o hotel, desde que o usuário tenha uma conexão 3G ou que não dependa do hotel pra fazer uma conexão a internet.

Compras: Pra quem quer fazer compras em Londres, o local ideal é a Oxford Street. Dentre centenas de lojas, uma que recomendamos é a Uniqlo, que é uma franquia japonesa com lojas em alguns lugares da Europa (não tem na Espanha). É uma super loja com roupas e artigos de primeira, especialmente para o frio.

Sites que foram muito úteis durante o planejamento de nossa viagem:

Mapa de Londres – http://mapadelondres.org/

Londres para principiantes – http://www.londresparaprincipiantes.com/

Dri Every Where – http://drieverywhere.net/

Documentação para estrangeiros

Há alguns dias atrás fomos em busca de resolver os assuntos que fossem possíveis no que se referia à Embaixada Brasileira na Espanha e à chamada Extranjeria, que é um setor específico do governo espanhol encarregado de resolver todos os problemas relativos à legalização da permanência de estrangeiros em território espanhol.

Como vamos ficar na Espanha por 7 meses é recomendável que você procure a Embaixada ou o Consulado do Brasil e os avise de sua permanência no país. Fomos, na realidade, até um consulado brasileiro da região de Madri, que atende toda a Espanha, exceto Barcelona, que é totalmente independente. Fica na Calle Zurbano, 71 (estação Ruben Dario do metrô – linha 5). Bem fácil de achar. Preenchemos umas fichas e as entregamos. O consulado, depois de alguns dias, te entrega uma identificação que, em caso de algum acontecimento grave, ajuda o governo brasileiro a te contactar na Espanha e a seus parentes no Brasil. Nunca é demais se prevenir, né.

Um fato interessante é que, no consulado, que obviamente estava com muitos brasileiros, tinha várias informações, em revistas bem organizadas, sobre supermercados que tinham produtos brasileiros, salões de beleza, bares que tinham música brasileira ou passava jogos de futebol do campeonato brasileiro, juntamente, é claro, com várias propagandas de advogados que auxiliavam brasileiros no exterior em qualquer coisa.

Em se tratando da Extranjeria, tivemos que procurá-la porque a partir de 100 dias de estudo na Espanha é possível solicitar o visto de estudante para um período de 6 meses. Como queríamos ficar na Europa por 7 meses, nos matriculamos em um curso de 15 semanas (105 dias). Ao recebermos o visto na Embaixada da Espanha no Brasil, nos informaram que assim que chegássemos aqui deveríamos ir à Extranjeria para apresentar a mesma documentação que utilizamos para conseguir o visto e regularizar nossa situação no país. Além disso, vamos solicitar o pedido de extensão de nosso visto até a data que estamos querendo voltar (1 mês a mais).

Também vamos providenciar lá o nosso NIE (Número de Identificação para Estrangeiros) que, na prática, substitui o passaporte em praticamente todos nossos atos por aqui.

Para ir até lá, procuramos na internet e fomos até um dos locais indicados (bem complicado, porque haviam ao menos duas indicações claras de órgãos públicos encarregados do NIE). Escolhemos a que ficava na Calle San Felipe, 7 (estação Tetuán do metrô – linha 1). Chegando lá, o que encontramos na verdade foi um órgão de segurança pública.

Passaram para nós uns papéis para preenchimento e pagamento de taxas, bem como um telefone para que se marcasse uma entrevista (cita prévia). Chegando em casa, a Cláudia ligou e a atendente informou que a data mais próxima era em 20/09 e que deveríamos confirmar essa entrevista no site que estava no papelzinho do telefone, por meio do número de nosso passaporte. Simples assim. Vamos ver se será simples lá em setembro. Aguardem os próximos capítulos…

Viajando na classe executiva

Como talvez muitos pensam, viajar em vôos internacionais na classe executiva é bem viável atualmente, especialmente em trechos muito longos, intercontinentais, como o que fizemos na semana passada. Basta apenas ter 50% a mais de milhas e uma boa dose de paciência.

Como já havíamos dito antes, há trechos da TAM que é possível reservar um assento na classe executiva resgatando apenas 60 mil milhas. Digo apenas, porque em determinadas épocas do ano esse número pode chegar a 220 mil milhas. No nosso caso, em que viajamos o trecho Brasília-Madrid, entendemos que valia a pena o investimento de milhas. Em primeiro lugar, porque nunca tínhamos viajado com esse upgrade, e em segundo lugar porque o conforto pra quem tem 1,98m de altura é bem maior.

Bem, como falei no post anterior, tivemos direito à sala vip no aeroporto, que também não conhecíamos. Vários mimos, wi-fi, TV a cabo, vários ambientes com mobiliário bem bacana e uns lanchinhos bem gostosos, como croissants, quiches deliciosos, pão de queijo, patês, bem como bebidas quentes e frias, vinho e uísque.

Para embarcar, há prioridade no embarque. Como estávamos com as crionças, resolvemos ficar na fila normal mesmo, o que foi bem conveniente, pois nossa bagagem havia sido separada das demais, pois haviam suspeitado de algo. Após as devidas explicações que estávamos meio que de mudança, íamos passar 7 meses em Madrid e blá, blá, blá, entendemos que algumas roupas que havíamos compactado pra caber na mala (em embalagens tipo um zip gigante – vende-se na Multicoisas do Conjunto Nacional  – eram suspeitas de ser uma barra de algum entorpecente ou algo desse tipo. Ai que meda!

Quando entramos no avião é que percebemos que o tratamento era mais vip mesmo. Depois de acomodar nossas bagagens de mão, com muito mais espaço, fomos imediatamente recebidos por uma aeromoça dizendo: Sejam bem-vindos! E com duas taças de champagne na bandeja e um pratinho com castanhas diversas! Pode parecer piegas, mas achei aquilo o máximo! Nem sou de tomar champagne, mas encarei assim mesmo.

Tínhamos a opção de escolher revistas ou jornais dos mais variados temas: no fim eu escolhi uma Quatro Rodas e a Cláudia escolheu sua revista homônima. Coisa de mulherzinha mesmo. Hehe .

Recebemos também o nosso cardápio para jantar, com opção de carne, frango ou massa. Se quiséssemos também rolava uma sopa de cebola! Recebemos nossos fones de ouvido e fomos nos divertir, depois da decolagem, com um filme bacana.

Decolamos às 9h e cerca de 1h depois já estava sendo servido o jantar, pelando de quente. A sobremesa estava uma delícia também. Depois de terminarmos de ver o filme, fomos em busca do desconhecido: controlar a cadeira reclinável, que tinha várias opções e possibilidades diferentes. O adolescente que estava sentado à nossa frente é que gostou da brincadeira. Tanto, que inclusive nos incomodou à noite.

O curioso que, mais ou menos quando estávamos esticando as cobertas pra dormir, apareceu a aeromoça pedindo pra fechar as janelas, já que o amanhecer não tardaria. Como, pelo fuso horário, demoraríamos 15 horas, mas, no avião, seriam 10 horas, o sol apareceria realmente muito rápido. Aí que começou a cair a ficha do costume do fuso. E era só o começo…

Chegamos bem, no horário estipulado (cerca de 12h – horário local). No momento da descida, resolvemos aguardar os meninos que viam em cadeiras mais atrás e vimos uma cena curiosa: Como todo bom brasileiro, uma senhora foi tirar uma foto do avião que a transportou. Nada mais tranqüilo. Um segurança quase voou no pescoço dela e pediu que ela não tirasse nenhuma foto. A Cláudia começou e treinar seu espanhol com esse fulano, que disse ser norma de segurança, tendo em vista o número de atentados crescente em aeroportos. Curioso!

Faltam 4 meses…

Estamos (eu e o Marcelo) totalmente pilhados com a perspectiva da viagem… Temos entrado em contato com amigos que conhecem a Europa para opinar sobre um roteiro prévio que montamos, que faremos após o término do curso (tipo mochilão) . Também estou compilando as informações que julgamos importantes, as dicas de vários blogs que estou acompanhando, tudo em um programa só: o evernote, que facilitará bastante (a gente acha)  as coisas antes das nossas viagens e na montagem do roteiro definitivo.

O que nós temos pensado: como ficaremos 4 meses na Espanha pra fazer o curso de espanhol, dificilmente teremos tempo para fazer alguma viagem mais longa, porque senão iríamos cabular aulas e isso está fora de cogitação. Pagamos uma boa grana pelo curso.

Já que, nesses meses de Madrid o máximo que podemos fazer são viagens de sexta à tarde até domingo à tarde, decidimos que 1 ou 2 findes serão pra passeios dentro da Espanha e os outros de descanso ou turismo madrilenho mesmo. Sempre gastando o mínimo de $$$.

Estamos querendo fazer um mochilão de aproximadamente 60 dias, ficando basicamente em albergues, e pensamos no seguinte roteiro:

  • Londres – 6 dias
  • Paris – 6 dias
  • Bruxelas – 2 dias
  • Amsterdã – 5 dias
  • Berlim – 4 dias
  • Dresden – 1 dia (a caminho de Praga)
  • Praga – 4 dias
  • Viena – 3 dias
  • Zurique – 3 dias
  • Milão – 2 dias
  • Veneza – 2 dias
  • Verona – 1 dia (a caminho de Florença)
  • Florença  – 4 dias, com um bate-volta em Pisa
  • Roma – 6 dias

Consideramos, na montagem do roteiro, dias inteiros. Não estão incluídos nesses dias os deslocamentos.  Os deslocamentos serão feitos na maioria das vezes de trem. Estamos aceitando opiniões de mochileiros experientes em viagens pela Europa. O que vocês acharam do roteiro?

Faltam 4 meses… Tá começando a dar frio na barriga!

Planejamento da viagem – parte 1

Inicialmente gostaríamos de nos desculpar com os milhares de seguidores que acompanham nosso blog (média de 2 acessos diários, sendo otimista), já que sumimos do mapa. Estávamos descansando em férias e acabamos por tirar férias também do blog (rs).

Quanto à nossa viagem, continuamos com as providências iniciais para o embarque:

1) Recebemos da Enforex (a escola de idiomas em Madrid) uma correspondência certificando a matrícula efetuada. Este é um dos documentos que serão necessários quando dermos entrada na papelada junto à Embaixada da Espanha aqui em Brasília, bem como as passagens e os seguros de viagem;

2) As passagens de ida (Marcelo e Cláudia) foram marcadas utilizando-se milhas da TAM, mas as do Guilherme e do Filipe só poderão ser compradas quando a data de volta puder ser comprada junto (é claro, porque ida e volta é muito mais barato). Já que a volta está planejada para o fim de janeiro de 2012, provavelmente só no início de março que poderemos resolver essa pendenga;

3) O seguro viagem será comprado na WorldNomads, oferecido pela empresa dinamarquesa Bupa e indicado pelo guia Lonely Planet. Achei esta informação no maravilhoso blog da Adriana Setti, onde ela relata sua experiência de utilização do seguro. Veja aqui. O custo benefício sairá, ao nosso ver, mais em conta. Entramos em contato com eles e descobrimos, por exemplo, que há um número de telefone no qual podemos (num momento de necessidade) falar com uma telefonista em português para indicar os procedimentos para a utilização do seguro;

4) O planejamento das cidades a serem visitadas (dentro e fora da Espanha) é que está sendo mais trabalhoso, porque a quantidade de informações é gigantesca e, para quem nunca foi ao Velho Continente, acaba por representar uma tarefa bem árdua. Falaremos em outros posts detalhes desse nosso planejamento e que cidades (até agora) pretendemos visitar e em que período ocorrerão essas viagens.

Hasta la vista!

Será que vai dar pra viajar?

Após o convite da Cláudia, que aceitei sem pestanejar, passamos a semana seguinte inteira verificando se era realmente possível viajar, porque haviam muitas decisões a serem tomadas e dúvidas a serem esclarecidas. Mas que informações buscamos? Acho melhor enumerar, porque foram muitas:

1) Tínhamos que ter certeza absoluta que a “ginástica” de férias e licenças que teríamos que tirar no trabalho era possível;

2) O Guilherme e o Filipe teriam que trancar a faculdade e precisávamos ter uma noção exata do período de aulas deles;

3) Era necessário buscar informações acerca de cursos de línguas na Espanha, já que não tínhamos até então noção alguma de que valores eram esses;

4) Tínhamos que ter uma noção aproximada dos gastos (é claro) e de que montante teríamos que reservar mensalmente para nos manter nessa aventura, aí incluídos moradia, alimentação e gastos com lazer. Para se ter uma idéia, ficamos um domingo inteiro sentados em frente ao computador só fazendo cálculos…

5) Tínhamos que verificar junto à Embaixada da Espanha quais eram os requisitos mínimos exigidos para que pudéssemos conseguir os vistos e por quanto tempo;

Após uma semana de pesquisas, chegamos à conclusão de que era palpável nossa loucura, mas com a certeza que teríamos que ser comedidos em relação a gastos. Ficamos felizes e ao mesmo tempo meio apavorados com essa certeza: a viagem seria no 2º semestre de 2011 para Madrid.

Felizes, felicíssimos, porque era uma experiência sonhada que começara a se tornar realidade. Apavorados porque eram muitas informações a se buscar e não sabíamos (não sabemos ainda) se o tempo seria suficiente pra se preparar para a viagem.