Acordamos e fomos tomar café-da-manhã na rua, já que não estava incluído na diária que pagamos no hotel. Já tínhamos passado na tarde do dia anterior em um cafetería bem grande na Avenida de la Constituición, na parte de trás da catedral, no lado oposto a uma de suas esquinas. Chama-se Horno de San Buenaventura. Bebemos um deliocioso chocolate quente com croissants. Saiu mais ou menos, em média, 3 euros por pessoa. Barato para os padrões europeus.
Como já havíamos planejado, seguimos diretamente para o Alcazar. Conseguimos assim evitar filas na entrada, já que é uma constante a tranquilidade de visitas à monumentos e pontos turísticos em geral nas primeiras horas do dia. Pagamos 8,50 euros a entrada e mais 3 euros o áudio-guia por pessoa. Recomendamos desde já o aluguel do áudio-guia, fundamental para se aprofundar na história de um monumento de tamanha importância.
Alcazar de Sevilha
Existem diversos ambientes ali, todos com detalhes e trabalhos artísticos nos pisos, paredes e tetos que mostram a riqueza da época de domínio árabe na Espanha. Os trabalhos de gesseria nas paredes são muito conservados. As paredes apresentam técnicas, inovadoras para a época, de tingimento de cerâmicas. Por fim, os tetos, que dão um espetáculo à parte, mostram a habilidade dos mestres carpinteiros e a beleza da arquitetura mudéjar. É de cair o queixo!
Após percorrer vários recintos, que eram usados como quartos, salas e terraços, e admirá-los bastante, saímos até a área de jardins, que ocupam uma área gigantesca e são emoldurados, em uma de suas extremidades, por um pórtico lindíssimo. Visita bastante recomendada!
Almoçamos no centro da cidade, especificamente no Ginos, que é de uma rede bem famosa na Espanha. O menu é bem gostoso e pagamos 10,50 por pessoa, com direito à entrada, prato principal, bebida e sobremesa.
No período da tarde passamos pelos fundos da Catedral, que era caminho para a entrada principal, e resolvemos entrar pra ver o presépio de lá, que tinha fila pra entrar pra vê-lo. A tradição dessa arte é fortíssima na Espanha. Inclusive havia uma feira perto da Catedral que estava só vendendo artigos ou presépios inteiros já prontos. Uma febre! O que vimos na Catedral foi um bem grande, bem feito, em seus mínimos detalhes.
Presépio montado na Parroquia del Sagrario localizada na lateral da Catedral
Depois de passar rapidamente pelo presépio, nos dirigimos à entrada principal, que na realidade é lateral. Vimos uma fila bem grande e gente discutindo porque estava com previsão de fechamento mais cedo, já que haveriam eventos específicos naquele dia. Desistimos e nos programamos pro dia seguinte bem cedinho. Fizemos então o seguinte percurso à tarde:
Torre del Oro – Pagamos 1,50 euros por pessoa para ter acesso ao interior dessa torre, que servia como ponto de referência dos viajantes vindos das embarcações que aportavam no Rio Guadalquivir. Esse rio tinha importância vital para a cidade, já que de Sevilha se pode ter acesso direto ao Oceano Atlântico. Subimos à exposição permanente de peças e artigos relacionados à navegação. Tiramos ainda algumas fotos na parte de cima da torre, que funciona como um mirante da cidade.
Torre del Oro
Vista da Catedral de Sevilha do alto da Torre del Oro
Plaza de Toros e Museu Taurino – Ali bem pertinho da Torre del Oro está um dos pontos mais visitados da cidade. Pagamos 4 euros por pessoa (estudante) para uma visita guiada, que dava direito a entrar no palco das touradas de Sevilha. A visita é bem explicada, mostrando os principais momentos da tourada, por onde entram os touros, os toureiros, como funciona tudo. Vimos também o museu taurino, que conta a história das principais touradas. Recomendamos.
Plaza de Toros
Oração do Toureiro
Casa de Pilatos – Chegamos já um pouco tarde lá e nos recomendaram ir no outro dia, já que não ia dar tempo de fazer a visita guiada.
Museu do Baile Flamenco – Com o mapa da cidade na mão e passando por ruelas minúsculas, chegamos a esse museu, que inclusive tem espetáculos à noite para turistas. Se quiséssemos aulas de flamenco também era possível. Pagamos 8 euros por pessoa e vimos toda a história dessa dança, com vídeos com principais passos, depoimentos, objetos usados por grandes bailarinos, etc.
Museu do Baile Flamenco
Voltamos pro hotel, tomamos um banho e fomos diretamente para um bar chamado La Carboneria, que tem um tablado de flamenco com show gratuito às 9 horas da noite. É um pouco improvisado, mas os artistas são bem bons. Já deu pra ter uma noção do espetáculo. As mesas e bancos são de madeira, como se fosse um barracão de obras. Só pagamos o que consumimos. Recomendamos.
Show de Flamenco no La Carboneria