Muitas viagens

Viagens de uma família pelo mundo

Arquivos de tags: Transporte

Londres – 7º dia

Dia de término do horário de verão na Europa, que nos pegou desprevenidos em relação a um detalhe… Deveríamos dormir uma hora a mais, mas acabamos acordando cedo demais e batemos com a cara na porta do café-da-manhã. Acontece…

Eu e a Cláudia saímos cedo do hotel para pegar um trem para o Castelo de Windsor, a residência oficial da família real inglesa. Pegamos o trem na estação Paddington (metrô de mesmo nome – linhas verde, amarela e marrom). Pagamos 9 libras por pessoa. Quando entramos no trem indicado descobrimos que deveríamos descer em Slough para efetuar uma troca de trem, onde há um ramal específico para lá, pois não há trem direto para Windsor.

Pagamos 15 libras por pessoa para entrar no Castelo, que incluía um áudio-guia em espanhol. O castelo é lindíssimo, com passeios muito bem cuidados e uma história riquíssima. Passamos por cômodos com objetos que pertenceram a gerações mais antigas da família real. Claro que os guardas reais é presença marcada por lá. Muito interessante e recomendável.

Castelo de Windsor

Pátio interno do Castelo

Após umas 3 horas de visita, saímos do castelo e procuramos algum lugar pra comer, já preparando-se para pagar mais caro, pela fama do lugar. Pra nossa surpresa, achamos o Three Tuns Pub, que estava com uma promoção 2×1. Pagava-se o preço de um prato e o outro era de graça. Não havíamos experimentado, até então, outro prato típico de Londres, o Sausage and Mash, que junto com 2 refris e uma torta de chocolate com sorvete de sobremesa, saíram por 16 libras. Tudo delicioso e com um atendimento ótimo. Recomendamos.

Sausage and Mash

Já que voltamos às 15h para Londres, deu tempo de passar no British Museum, outro museu enorme e gratuito. Chegamos 1h antes de fechar. Fizemos então um tour que a Cláudia encontrou no site da Eneida: Londres para principiantes. Este tour é indicado pelos próprios curadores do Museu para quem dispõe de somente uma hora para visitá-lo. Saímos com gostinho de quero mais. É um museu que traz muitos objetos interessantes, sem o tédio de um museu só de pinturas. Recomendamos.

British Museum

Múmia exposta no British Museum

Aniversário em Santiago de Compostela

Na sexta, dia 30/09, aniversário da Cláudia, acordamos bem cedo e viajamos para Santiago de Compostela. Pegamos um vôo da Ryanair e chegamos lá por volta das 10h.

Santiago, como é chamada por aqui, é uma cidade no centro do estado da Galícia, e é conhecida internacionalmente por peregrinos que, com fé inigualável, caminham desde a França, na região dos Pirineus, até a cidade. Há toda uma infra-estrutura na Espanha para acolher estes aventureiros, com albergues que cobram preços módicos durante essa jornada espiritual.

Pegamos um ônibus no aeroporto (Empresa Freire – 3 euros por pessoa)  que, de meia em meia hora, vai para o centro da cidade passando ao lado da estação de trens, na rodoviária da cidade e com parada final na Rua Doutor Teixeiro (isso mesmo, rua e não calle), que, por sinal, era paralela à rua onde estava o Hotel Horreo.

Deixamos as malas no hotel (o check-in não podia ainda ser feito) e fomos ao centro histórico da cidade, à pé, já que é grudado no hotel. Toda a zona do centro é para pedestres, circulando apenas carros de serviço para abastecer o comércio de lá.

Não sabíamos, mas estava iniciando, justamente no dia que chegamos, uma feira medieval na cidade. Montaram barraquinhas no centro histórico pra vender comida, artesanato, cristais, incensos, de tudo um pouco.

Uma das barraquinhas do Mercado Medieval

Depois de passear um pouco pelas ruas, experimentamos a torta de Santiago, que é uma torta de amêndoas típica de lá, para disfarçar a fome. A feira se espalhava por várias ruas e ao lado de vários pontos importantes da cidade. Chegamos ao final na Praza do Obradoiro, principal ponto de encontro dos peregrinos, bem em frente à entrada principal da Catedral de Santiago de Compostela.

A praça é tão imponente quanto a catedral e todos os dias do ano está cheia de peregrinos pela manhã, esperando sempre a missa das 12h, especial para abençoar as jornadas. Nela se lê a quantidade de peregrinos, as nacionalidades, bem como de onde estão vindo, porque existem vários pontos de partida do Caminho de Santiago, especialmente na Espanha e França. Já que chegamos na Catedral por volta das 11:30h, resolvemos esperar o início da missa.

Catedral de Santiago de Compostela

Interior da Catedral

Na parte térrea da catedral (virada pra praça) há um museu que organiza visitas guiadas ao Pórtico da Glória. Como essa parte da igreja está em restauração, havia uma apresentação por meio de vídeos desse pórtico e sua história. Nos inscrevemos para a visita das 13h, logo depois da missa.

Assistimos a missa, que é conduzida de forma bem clássica, e que no momento da comunhão, o pároco principal é ajudado por cerca de 10 outros sacerdotes, devido à quantidade de gente na catedral. Creio que é o momento de maior fé dos peregrinos em toda a jornada. Estávamos esperando também a utilização do botafumeiro, que é um aparato da religião católica que solta uma fumaça e que dizem que também é bem marcante na missa. Não aconteceu nada. Depois descubrimos que sua utilização é paga sempre por algum grupo de peregrinos de algum país, e custa uns 300 euros. Naquele dia o pessoal tava de bolso vazio…

Altar da Catedral

Um dos vitrais da Catedral

Logo depois da missa, passamos no museu e fomos recebidos por uma guia brasileira. A entrada foi gratuita. Tivemos uma explicação a respeito do caminho de Santiago propriamente dito e um outro vídeo que contava sobre a história do Pórtico da Glória. Já que estávamos misturados com espanhóis, nossa apresentação foi também em espanhol, mas feita de forma claríssima.

Depois do museu entramos de novo na catedral para ver os detalhes da restauração do pórtico e para passar por detrás do altar, onde há a imagem de São Tiago. Passamos na Capilla de las Relíquias, onde se encontra o Panteón Real e, pelo que vimos, é um espaço de muita oração e meditação.

Estátua humana de Santiago. Perfeita!

Já que estava meio tarde, saímos da catedral diretamente pra procurar algum lugar pra comer. E comer bem, já que era aniversário da Cláudia. Já saímos de Madri com a certeza de que se comia bem na região da Galícia, especialmente frutos do mar. Seguimos pela Rua do Franco, com restaurantes pra todo lado, e entramos no que nos pareceu mais atrativo: A Barrola. Fomos recebidos por um garçom que até falava português e conhecia o Brasil, pedimos um prato à base de mariscos pra mim e pra Cláudia e dois de carne pro Guilherme e Filipe. Comemos muito bem e brindamos à aniversariante.

Saímos do restaurante e fomos conhecer outros pontos turísticos importantes da cidade. Visitamos, inicialmente, o Centro Gallego de Arte Contemporanea (CGAC), projeto do arquiteto português Álvaro Siza. O edifício por dentro proporciona a montagem de muitas exposições. As exposições em si não faziam muito a nossa cabeça, então passamos bem rápido por elas.

Centro Gallego de Arte Conteporânea

Em seguida fomos ao Museo do Pobo Gallego, onde pagamos 1 euro por cada (estudante) para entrar. Esse espaço, muito bem dividido, conta a história dessa região fortemente influenciada pelo povo português. Todas as explicações das peças estavam na língua gallega e em castelhano.

É resgatada toda a história desse povo, em relação à agricultura, indústria, artesanato, vestimentas, folclore, enfim, tudo o que se pensar acerca de história, está retratado de alguma maneira. Excelente. Recomendamos.

Museo do Pobo Gallego

Escada tripla helicoidal no Museo do Pobo Gallego. Muito interessante!

Voltamos pro Hotel pra fazer check-in. Já haviam colocado nossas malas nos respectivos quartos. O hotel fica muito bem localizado. Sua diária inclui o café-da-manhã.

Depois de um bom banho e um pouquinho de descanso, voltamos pra cidade à noite pra esticar a comemoração do níver em um bar perto da Praza de Cervantes, onde estava ocorrendo a festa medieval. Comemos umas tapas com cerveja e tinto de verano até de madrugada. Muito bom o dia…

Mercado medieval

Ávila

No dia 17 de setembro, eu e a Cláudia acordamos pouco antes das 7h para chegar a tempo na estação Chamartin. Nos encontramos com nossas amigas Mariana e Suzana às 8h15 e partimos pra Ávila no trem das 8h45, que é o mesmo que vai para Salamanca (fomos para lá no início de setembro, veja aqui).

Chegamos por volta das 10h e não encontramos um espaço de informações turísticas na estação. Descobrimos que conseguiríamos um mapa no centro da cidade, depois de uma caminhada de uns 10 minutos. Foi o que fizemos.

Seguimos o sentido que nos orientaram e chegamos em 10 minutos na porta da Basilica de San Vicente, que fica no lado externo da muralha que contorna o centro histórico da cidade. O centro de atendimento ao turista fica ao lado dela. Entramos primeiro na igreja (1,50 euros para estudante por cabeça), que iniciou sua construção no final do século XI e teve várias reformas ao longo dos tempos, com influência romântica, gótica e isabelina.

Basilica de San Vicente vista do alto das muralhas de Ávila

Externamente mantém-se bem marcante, mas internamente precisa de uma restauração. Nota-se claramente os acréscimos de áreas que teve com o passar dos anos. Possui em seu interior uma pequena construção (sepulcro) que mostra o martírio de San Vicente.

Interior da Basílica

Sepulcro localizado no interior da Basílica

Depois, fomos ao Centro de Turistas pra pegar nosso mapa (vendido por 0,50 euros). Conversando com a atendente, ela nos recomendou, dado nosso pouco tempo de permanência em Ávila, que visitássemos o Museu de Santa Teresa e a Catedral, bem como subíssemos nas muralhas da cidade. Realmente não dava pra fazer mais do que isso mesmo, e seguimos diretamente para o museu, porque fechava às 13h. No caminho, passamos pela Plaza del Mercado Chico, onde fica a prefeitura da cidade (Ayuntamiento).

Plaza del Mercado Chico

Chegamos com facilidade ao museu, seguindo o mapa. A entrada custa 2 euros, independentemente de ser estudante ou não. O museu retrata a história da vida de Santa Teresa e a devoção por ela em todo o mundo. O local abriga manuscritos, imagens, objetos pessoais, etc. A arquitetura do museu é lindíssima, com grande uso de arcos e abóbodas de tijolos maciços, pé-direito baixo e corredores extensos. Bem interessante. Recomendamos.

Jardim no interior do Museu de Santa Teresa

Altar do Convento de Santa Teresa

Imagem de Santa Teresa

Plaza de la Santa (ao fundo está o Convento de Santa Teresa)

Seguimos pelas ruelas diretamente para a Catedral, que também lembra as de Toledo e Salamanca. A entrada custava 4 euros. No vestíbulo, já vimos que não era muito diferente das outras. Optamos por somente tirar umas fotos externas e ir almoçar antes de irmos para a muralha.

Catedral de Ávila

Os desbravadores de Ávila: Suzana, Mariana, Cláudia e Marcelo

Interior da Catedral

Almoçamos na cafeteria Yakarta, na Plaza José Tomé, bem próxima à entrada da Catedral. O curioso foi que chegamos por volta das 13 horas e o garçom que nos atendeu teve que ir na cozinha pra ver seja era possível servir o almoço (menu del dia). Nessas horas é que percebemos a diferença cultural dos países…

Depois do almoço, passamos rapidamente numa loja bem em frente, chamada Yemas de Santa Teresa, pra comprar os docinhos mais famosos da cidade, chamados yemas. Nada mais são que doces à base de gemas de ovo e açúcar. Pra quem tem colesterol alto, acho que não fazem bem, mas são bem gostosos. Compramos duas caixas de 12 cada pra levar, que custaram 10 euros.

Seguimos diretamente para a entrada da muralha. Haviam duas delas, uma mais curta (10 minutos de caminhada) e outra mais longa (40 minutos). Escolhemos a segunda, já que ainda tínhamos tempo. Pagamos 3,50 euros por pessoa, com direito a áudio-guia. E em português!

Tiramos um bocado de fotos por lá, já que a vista da cidade e da própria muralha são lindíssimas. Passávamos em alguns pontos das muralhas e o áudio-guia funcionava automaticamente. Quando tínhamos concluído uns 60% do caminho, vimos que era melhor voltar, pra evitar correria até a estação.

Muralha de Ávila com a Catedral ao fundo

Lateral da muralha

Muralha ao fundo contornando toda a parte histórica da cidade

Voltamos e passamos rapidamente por uma lojinha de souvenir pra comprar nosso inesquecível ímã de geladeira e fomos pra estação tomar o trem de volta. Chegamos em Madrid por volta das 6 da tarde.

Chegada em Salamanca

Na quinta-feira, dia 08/09, após as aulas, fomos aproveitar mais um fim de semana prolongado de Madri, já que era feriado e não haveria aula na sexta. Nosso destino: Salamanca. E porque? Por acaso, algumas semanas antes, descobrimos que justamente na mesma época era celebrada uma festa em homenagem à patrona de Salamanca, Santa Maria de la Vega. Claro que unimos o útil ao agradável.

Depois de uma viagem bem tranquila de trem (media distância Renfe – 38 euros ida e volta), descemos na estação Salamanca – Alamedilla, que ficava mais próxima ao centro antigo da cidade. Na realidade é uma extensão dos trilhos até um local mais central, sem estação, mas muito mais cômodo para os passageiros.

Pelo mapa que tínhamos da cidade, impresso via google maps, nos localizamos e seguimos pela Avenida de Mirat até a Puerta de Zamora y entramos mais 200 metros na Avenida de Itália, onde estava o Hostal Hispanico I. Chegamos por volta das 11h da noite e fomos recebidos pelo responsável, que nos foi muito solícito, nos passando um mapa da cidade e uma programação completa das festas que haveria aqueles dias.

O hostal foi reformado recentemente e quarto era bem limpo, com camas confortáveis, ar condicionado, janelas duplas (não passava ruídos) e banheiro privativo. Arrumam o quarto todos os dias e fica numa localização excelente, com um supermercado bem em frente e a 10 minutos andando da Plaza Mayor, principal referência da área antiga da cidade.

No mesmo dia, tomamos um banho rápido e fomos dar uma passeada pelo centro, pra ver como estava o movimento da cidade, com as festividades. Vimos que nessa semana todos os principais restaurantes e bares da cidade organizaram quiosques e se espalharam por algumas praças e ruas da cidade. Estavam apinhados de gente e serviam muita bebida, pintxos (um pouco mais simples do que os do país basco), tapas, salgados, etc.

Biarritz

Grand Plage

No sábado, dia 27/08, fomos para Biarritz, que é uma famosa cidade praiana colada na fronteira com a Espanha, onde os espanhóis mais abastados torram seus euros.

Pegamos um ônibus até a Catedral e de lá fomos a pé até a estação da Euskotren para pegar um trem até a cidade de Hendaya. De lá, migraríamos para a linha francesa de trens (SNCF) até Biarritz. Pagamos 1,60 euros por cabeça na hora, direto pela maquina automática que há na estação. Muito tranquilo. O trem era um pouco velhinho, mas compensava demais pelo preço que pagamos.

Em 40 minutos chegamos em Hendaya, que na realidade é a cidade francesa da fronteira. A espanhola se chama Irun. As duas são separadas por um rio. Saímos da estação da Euskotren e 50 metros adiante, na estação francesa, compramos o bilhete para Biarritz. As atendentes falam espanhol sem problemas. O preço foi bem mais salgado (5,40 euros por pessoa cada trecho). Tivemos que esperar quase uma hora para o próximo trem.

A viagem pra Biarritz foi tranquila. Não se pode esquecer, antes de embarcar, ainda na estação, de validar seu bilhete em umas maquinas amarelas, que parecem aquelas que se retiram senhas em bancos. É só enfiar o bilhete na máquina, que ele autentica automaticamente. Sempre devemos ficar com esse bilhete à mão, porque passa um funcionário(a) da empresa pra verificar seu bilhete e a respectiva validação.

Chegamos à estação de Biarritz em meia hora. No lado de fora da estação perguntamos a um motorista de ônibus como chegaríamos à Grand Plage, que é a mais famosa praia da cidade. Ele nos informou, em um espanglês (espanhol+inglês) arranhado que era aquele ônibus e que custava 1 euro a passagem e que valia 24 horas. Beleza!  O motorista te entrega um bilhete, onde você valida na máquina ao lado dele, da mesma forma que na estação de trem.

Com um mapa da linha A1 (que pegamos no próprio ônibus) na mão, fomos acompanhando as paradas (bem sinalizadas) e descemos na chamada Biarritz Mairie. Chegamos em um minuto à praia, que é relativamente pequena, com ondas fortíssimas e com os salva-vidas limitando o banho dos frequentadores a uns 50 metros de areia.

Grand Plage

Vimos em um blog que, se formos a Biarritz e fizer sol no dia, pode se considerar um sujeito de sorte. E não é que fomos abençoados! Só foi pisar no calçadão que o sol apareceu. O sr. Juan, do hostel, nos falou que as pessoas em Biarritz falavam espanhol em muitos lugares. Não foi o que vimos…

Já que chegamos lá por volta das 13:30h, procuramos logo algo para comer. Nenhum cardápio em espanhol. Alguns nomes de comida em francês até que dão pra entender por intuição, mas é complicado. Demos uma rodada geral e decidimos comer um menu de crepe no Ne Ble Noir, onde o senhor que parecia o dono do local falou um espanhol que soou como música pros meus ouvidos.

Comemos um crepe com ovo de entrada (a Cláudia preferiu uma salada de atum), um outro crepe salgado com presunto e queijo como prato principal e um crepe de chocolate na sobremesa. Com tanto carboidrato, deu pra matar a fome. Os meninos compraram uma prancha de isospor pra brincar um pouco na praia e encarar o frio do mar e eu e a Cláudia fomos conhecer o resto da cidade.

Olhamos um pouco as vitrines e os valores eram bem salgados. Muitas das roupas tinham preços na casa dos 4 dígitos. Só para abonados mesmo!

Andamos até o farol chamado Le Phare. Tiramos umas fotos da arquitetura local e voltamos por uma rua paralela. Pra nos guiar melhor, fui na cara-de-pau mesmo pedir um mapa no Mercure Hotel, perto dali. Fiquei chocado com o fato de, num hotel 5 estrelas, na fronteira com a Espanha, nenhum dos recepcionistas falar espanhol. Foi no inglês mesmo.

Igreja San Martin

Interior da Igreja San Martin

Um pouco da arquitetura local

Le Phare

Voltamos pro ponto onde deixamos nossos valentes nadadores, que basicamente tomaram caldo por duas horas e ensaiaram uns jacarés. Após uma visita a um banheiro público pra tirar a areia do corpo, tomamos uns sorvetes e voltamos pra San Sebastián, seguindo o mesmo roteiro da ida.

Quando chegamos à estação de Biarritz, com 20 minutos de antecedência, não conseguimos comprar a passagem a tempo, porque tinham dois atendentes extremamente lerdos. Esperamos mais uma hora na estação de Biarritz, mas pegamos o trem espanhol bem rapidinho. Chegamos à San Sebastián às 21 horas, prontos pra experimentar os famosos pintxos.

Valência – chegada e hospedagem

Decidimos passar o fim de semana prolongado de 12 a 16/08 em Valência, já que segunda-feira, 15/08, foi feriado em Madri. Saímos pontualmente às 14:10h num trem do tipo AVE (alta velocidade), com chegada prevista para as 15h45. Compramos os bilhetes com uma antecedência de cerca de um mês e conseguimos lugares com uma tarifa tipo “mesa”, que permite a quatro passageiros pagarem o preço de apenas dois, pois vão juntos, de cara uns pros outros, literalmente com uma mesa no meio. Para uma família, é uma maravilha. Fomos jogando buraco o tempo todo e a viagem passou bem rápido.

Trem AVE

O jogo de buraco rolou solto durante a viagem

O trem segue mais ou menos o mesmo padrão dos que fomos para Toledo (contamos sobre esse passeio nesse post), com diferenças em relação basicamente à velocidade, televisão no teto para assistir um filme, visor digital que mostrava a velocidade do trem, temperatura externa e horário. Nada demais. Fiquei particularmente impressionado com a velocidade, que nesse caso chegou a 300 km/h. De dentro do vagão não parece que estamos tão rápido.

Velocidade alcançada pelo trem AVE. Vejam que calor!!!

Após nossa chegada, pegamos no posto de informações turísticas da própria estação um mapa da cidade, onde nos informaram onde estávamos e qual era a estação de metrô mais próxima. Desse ponto, seguimos os caminhos guiados pelo roteiro que o próprio albergue que reservamos nos enviou. Pegamos a estação Joaquim Sorolla até a estação Cólon, onde trocamos de linha até a estação Benimaclet, onde novamente trocamos, só que dessa vez de meio de transporte. Pegamos um trem leve sobre trilhos, chamado pelos valencianos de Tranvia. Da estação Benimaclet fomos até a estação Taroungers, que fica em frente ao albergue. Deu tudo certo.

Trem leve sobre trilhos de Valência

O albergue, que na realidade é uma residência estudantil, se chama Colégio Mayor Galileo Galilei. Possui mais de 400 unidades, todas muito limpas e espaçosas, com banheiros muito confortáveis. Tem ar condicionado, internet sem fio gratuita, salão de jogos e um café da manhã bem gostoso. Não tem TV no quarto, só no térreo, numa sala de TV comunitária. Pagamos a diária de 20 euros por pessoa. O preço do café da manhã foi de 3,50 euros. Custo/benefício muito bom para os padrões europeus.

Quarto duplo do Colégio Mayor Galileo Galilei