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Alcalá de Henares

No sábado, dia 08/10, após uma dica de um de nossos professores, fomos à cidade de Alcalá de Henares, já que estava sendo comemorado um feriado no local, chamado de Semana Cervantina. O Guilherme e o Filipe não quiseram ir.

Compramos nossas passagens diretamente na estação de Atocha. É um trem da rede Cercanías, que custou 6,10 euros por pessoa, ida e volta. Chegamos lá por volta das 11h. A feira começava oficialmente às 12h. Então saímos da estação, passamos num quiosque de informações turísticas que fica bem na saída e fomos pra área da feira na maior tranquilidade.

Escultura de D. Quijote

No caminho, vimos uma construção, com porte de uma casa unifamiliar, mas que abrigava o Palácio de Laredo, onde funciona o Museo Cisneriano. Tiramos umas fotos e fomos dar uma olhada pra ver se estava aberto e, pra nossa sorte, ia começar uma visita guiada naquela hora. Pagamos 2,50 euros por cabeça.

Palácio de Laredo

O museu conta a história do fundador da Universidade de Alcalá, Cardenal Cisneros. O palácio é, ao mesmo tempo, um museu vivo de arquitetura, porque o primeiro dono, Manuel José de Laredo, foi uma artista e arquiteto espanhol que viveu no séc. XVI. A casa foi meticulosamente construída, sendo que todos os adornos e pinturas foram feitos por ele.

A parte do museu que fala da universidade tem peças de antes do descobrimento do Brasil, de valor histório bem importante pra cidade. A guia foi excelente e muito paciente. Recomendamos.

Parede em gesso pintada no Palácio Laredo

Vitral e pintura do próprio arquiteto artista

Olhem como era o uniforme dos universitários do séc. XVI! Imaginem caminhar pelas ruas vestido assim...

De lá seguimos diretamente para a feira, que era super organizada, com muita comida (especialmente queijos e doces) e artesanato. Comemos uma espécie de pastelão doce de amêndoas com massa folhada, típico da região, pra enganar um pouco a fome.

Nesse momento, vimos que a cidade realmente vive fortemente nesse dia sua cria mais ilustre, Miguel de Cervantes. Dois atores, muito bem caracterizados e fazendo os papéis de Don Quixote e Sancho Pança, percorriam a feira à cavalo.

Artistas caminhando pelas ruas de Alcalá

Artista caracterizado de D. Quijote

Ruas cheias de barraquinhas decoradas para a Semana Cervantina

Demoramos mais ou menos uma hora pra cruzar a feira de ponta a ponta, sem ter passado em todas as barracas. Aproveitamos e vimos outros pontos turísticos que, em sua maioria estavam fechados.

No meio do caminho passamos pelo Museo Casa Natal de Cervantes, que fica na Calle Mayor. É exatamente a casa onde ele nasceu, mostrando o cotidiano de sua família, um pouco de suas obras, traduzida para diversos idiomas e sucesso em uma época em que a leitura era um luxo.

Depois fomos conhecer o pouco que restou das muralhas que contornavam a cidade nos séculos XV e XVI.

Muralha de Alcalá de Henares

Voltamos pra ver mais barraquinhas e comer alguma coisa. Experimentamos um dos embutidos do lugar, que esquecemos o nome, que parecia uma lingüiça bem grande e bem mais light que a nossa, que vinha com um molho de cebola refogada e pasta de alho. Vieram umas fatias de pão juntas. Uma delícia! Tudo por 8 euros.

Depois disso comemos uma batata recheada por 5 euros que acabou de matar a fome de vez. Rodamos pelo resto da feira mais um pouco, encontramos até uma barraca de produtos brasileiros, comemos um canudinho de doce de leite e depois compramos nosso ímã de geladeira. Claro!

Também resolvemos comprar um pedaço de queijo de ovelha curado (quase todos os queijos europeus são bons e baratos). Vai ser devorado com um vinho depois. Por volta das 4 da tarde voltamos pra Madri.

Uma coisa que acho que não falei em outros posts é que, no caso de trens de Cercanías, sempre você deve, na volta pra Madri, passar novamente seu ticket pela catraca. Isso acontece porque esse tipo de trem faz muitas paradas e algumas estações não tem um controle muito bom.

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